A necessidade de pertencer é uma das primeiras compreensões emocionais que o ser humano desenvolve. Desde o nascimento, o vínculo com o outro é fundamental para a sobrevivência e para o bem-estar emocional. Quando esse sentimento de pertencimento é rompido ou nunca se estabelece, o impacto na saúde mental pode ser profundo, especialmente na adolescência e na vida adulta.
O adoecimento psicológico é uma realidade crescente e silenciosa, que muitas vezes culmina em situações extremas, como o suicídio. De acordo com estudos baseados em autópsias psicológicas, entre 70% e 90% das pessoas que cometeram suicídio apresentavam algum tipo de transtorno mental. No entanto, apenas cerca de 20% delas havia buscado ajuda profissional. Esses dados alarmantes levantam questões fundamentais: quantas vidas poderiam ser salvas se houvesse mais acolhimento, orientação adequada e acesso ao tratamento psicológico?
O adoecimento mental não é fruto apenas de contextos sociais e emocionais. Fatores biológicos também desempenham papel essencial. A regulação de neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, substâncias que influenciam diretamente o humor, a disposição e a tomada de decisões, pode estar comprometida em casos de depressão, transtorno bipolar, ansiedade, entre outros quadros clínicos.
Apesar disso, o preconceito ainda é um dos grandes obstáculos ao tratamento. Enquanto doenças físicas como diabetes ou hipertensão são prontamente medicadas e acompanhadas, distúrbios mentais ainda enfrentam desconfiança, estigmatização e negligência. É preciso reforçar: transtornos mentais são doenças reais e tratáveis, e devem ser encarados com a mesma seriedade que as demais condições de saúde.
Falar sobre suicídio ainda é tabu, mas o silêncio só aprofunda o sofrimento. Discutir saúde mental com empatia, responsabilidade e informação é essencial para salvar vidas. Ao identificar alguém em sofrimento, não tente enfrentar a situação sozinho. Envolver familiares, amigos e profissionais amplia a rede de apoio e favorece um acompanhamento mais eficaz. O suporte coletivo mostra à pessoa que ela não está sozinha e que há caminhos possíveis para superar a dor.
Nesses momentos, saber onde buscar ajuda é fundamental. O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional gratuito e sigiloso pelo telefone 188, disponível 24 horas. Psicólogos, psiquiatras e serviços públicos de saúde mental também devem ser acionados.
“O Setembro Amarelo é o mês de prevenção do suicídio. Um assunto muito importante delicado que precisa ser discutido. A conscientização, o diálogo e o atendimento psicológico são sempre o melhor caminho. Se precisar de ajuda ou conhecer alguém que precisa, não espere. Vamos em favor da vida!
Um abraço” Afirma Matheus Bernardo Técnico de Meio Ambiente da unidade de Santos.
Em Sergipe, a TST Isadora Vieira conduziu uma dinâmica simbólica e sensível com os colegas. Em um cartaz em formato de borboleta (símbolo de transformação, renovação e superação) cada participante escreveu seu nome, representando seu pertencimento e individualidade dentro do grupo. Em seguida, Isadora propôs um exercício catártico: cada um encheu uma bexiga e, ao estourá-la, foi convidado a imaginar que estava liberando sentimentos negativos e pensamentos pesados.
“Foi um momento muito bonito ver a força do gesto simbólico como forma de promover leveza, conexão e reflexão coletiva.” Nos conta Isadora Aragão.
Em Paracuru, nossa campanha setembro amarelo de hoje foi além das portas da sala da Global Ship, tomou os corredores do prédio administrativo PETROBRAS e abraçou a todos.
“Além da dinâmica do espelho com palavras motivadoras também distribuí algumas mensagens positivas dentro de um balão amarelo a todos os colaboradores, que gostaram muito do momento” Comenta o TST Raphael mendes.
Já em Fortaleza, também foi realizado uma dinâmica, pela TST Juliana Rodrigues, dessa vez com o tema “Falando pelas costas”, onde os colaboradores ressaltaram as qualidades do seu colega, no intuito de lembrar que ele faz a diferença, que ele é importante e que se precisar de ajuda, estamos aqui.
“Em uma outra turma, a equipe teve a oportunidade de conscientizar a equipe de seu turno sobre o setembro verde. Uma nova dinâmica aconteceu com a equipe, dessa vez usando balões onde haviam muitas palavras com sentimentos ruins e dores e o colaborador tinha que escolher de qual deles se despedir para ter uma vida mais feliz, estourando o balão.” Nos conta a TST Gildaci Barros.
Por fim, a psicóloga Hannah Barroso teve um momento junto a equipe de Fortaleza para reforçar os canais de apoio, a importância de cuidar uns dos outros. A segurança vai muito além do uso de EPI’s e da prevenção de acidentes: envolve também o olhar atento para o bem-estar emocional de cada colaborador.
“Aprender é como plantar sementes na mente e o conhecimento será sempre a nossa colheita mais inspiradora.” Afirma o auxiliar de operações de Fortaleza Nilo Júnior.
“Durante este turno, tivemos a oportunidade de refletir sobre a importância do cuidado com a saúde mental em nossas rotinas de trabalho. Em mais DDS, conduzido pela nossa psicóloga. Foi um momento de aprendizado, escuta e acolhimento, onde lembramos que pedir ajuda é um ato de coragem e que a empatia e o diálogo fazem toda a diferença no ambiente de trabalho. Seguimos firmes no propósito de construir não apenas operações seguras, mas também um espaço de respeito, cuidado e valorização da vida.” Nos conta o Encarregado Pontes neto.
A TST da Unidade de Santos,Kauana Iglesiasnos lembra que a vida é valiosa:
“Setembro é um mês de conscientização sobre a importância de cuidar da nossa saúde mental. Todos nós já passamos por estresse e dificuldades, seja na vida pessoal ou profissional. Reconhecer esses sinais em nós e nossos semelhantes é fundamental para manter um ambiente seguro, saudável e humano.”
Cuidar de si e apoiar quem está no nosso lado é uma forma de segurança que vai além dos EPI’s, é proteção daquilo que é mais importante: A VIDA.
