A companhia já oferece o serviço de estocagem de amostras de rochas e fluidos no Rio de Janeiro. No entanto, com o crescimento do portfólio das empresas de O&G, especialmente no onshore, a ideia é oferecer também no Nordeste, com o objetivo de gerar conhecimento, renda, emprego e impostos
Além da realização de apoio logístico nos Portos de Belém (PA), Mucuripe (CE), Aratu (BA), Macaé (RJ), Inhaúma (RJ) e Santos (SP), entre outros locais, a Global Ship também oferece o serviço de armazenagem de amostras de rochas, fluidos e de terras na Global Storage, instalação localizada no bairro da Penha, na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
A companhia possui contrato com a Origem Energia, sendo responsável pela armazenagem de amostras de rochas da Origem de campos situados em Sergipe, Bahia e Alagoas. O trabalho é feito por técnicos especializados, uma vez que essas amostras precisam ser verificadas com frequência e acondicionadas em ambientes específicos.
Além disso, as amostras necessitam de limpeza/lavagem periodicamente, para que o operador, a ANP e/ou a(s) universidade(s) possam fazer a análise do corpo, etapa na qual a Global Ship também atua. A companhia disponibiliza laboratório no Rio de Janeiro, e todas as atividades são realizadas de acordo com as normas da Resolução nº 71/2014 da ANP, que estabelece os procedimentos para coleta e manejo de amostras de rochas, sedimentos e fluidos, assim como o procedimento para acesso às amostras da União.
A maior parte das operadoras acaba escolhendo o Rio de Janeiro para guardar suas amostras tendo em vista que suas sedes estão no município e na região metropolitana. Além disso, outros laboratórios e centros de pesquisa, como o Cenpes (Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello), também estão no município, o que facilita o transporte dos materiais para essas localidades.
No entanto, com o aumento do portfólio de upstream das pequenas e médias empresas de petróleo e gás no país – devido aos desinvestimentos da Petrobras, especialmente no onshore –, e até mesmo das grandes empresas, muitas companhias que nasceram e/ou operam no Nordeste precisarão armazenar suas amostras na região. E a Global Ship está pronta para isso.
“Muitas companhias estão com suas amostras guardadas em garagens, em contêineres na região dos seus poços, de forma inadequada e às vezes sem inventário. E isso não atende ao que a ANP exige. Como temos conhecimento técnico e experiência para isso, queremos descentralizar essas atividades, para que consigamos movimentar o Nordeste de um modo geral”, afirmou Rodrigo Souza, Gerente de Armazenamento e Logística da Global Ship, que possui 23 anos de experiência em armazenagem de amostras.
Além de estarem mais perto das operadoras com sede no Nordeste, a estocagem de amostras na região permite a geração de conhecimento nas universidades nordestinas. Com a centralização das empresas de armazenagem no Rio de Janeiro, os acadêmicos precisam vir ao Rio para executar seus projetos de pesquisa – onerando, ainda mais, algo que já é dispendioso.
“O aluno de mestrado ou doutorado, por exemplo, precisa pedir o acesso à ANP. Depois, precisa vir ao Rio para fazer a análise, ou solicitar a transferência de algumas amostras para o Nordeste, enviando-as de volta posteriormente. Enquanto isso, no Nordeste, temos laboratórios ociosos e ótimos pesquisadores sem esse acesso direto, deixando de gerar esse conhecimento que serve para a universidade, para as operadoras e para o Brasil”, ressaltou Rodrigo.
Com o regime de oferta permanente de áreas, essa questão se faz ainda mais presente, uma vez que os estudos geológicos feitos por uma empresa em parceria com uma universidade, por exemplo, em determinada área do Nordeste, podem ajudar na tomada de decisão das operadoras acerca de um bloco em licitação. Mas, sem o tratamento adequado, essas amostras não conseguem ser bem aproveitadas para a geração de conhecimento.
“Desejamos entrar nesse mercado no Nordeste, e seria ótimo se tivéssemos um parceiro de volume. Em uma base vazia, em cerca de três meses conseguimos deixar ela pronta para receber as amostras. E isso gera emprego, renda e impostos para a região”, finalizou o especialista.
A Global Ship possui expertise para armazenar testemunhos de sondagem; lâminas petrográficas e bioestratigráficas; células e amostras de calhas, laterais, de lama, de fluido e de gás.
Na área de apoio logístico, a companhia realiza operações nos seis portos citados, assim como na plataforma de Manati, localizada na Bacia de Camamu (BA), e no Temib (Terminal Marítimo Inácio Barbosa, em SE). A empresa possui máquinas de diversas capacidades (de 550 t e de 250/220 t), além de outros equipamentos de suporte tais como empilhadeiras e carretas, para transporte de múltiplos materiais.