Global Ship se destaca no transporte de âncoras torpedo em Macaé

Companhia iniciou, recentemente, contrato de R$ 340 milhões com a Petrobras para a realização de movimentação de cargas especiais no Porto de Macaé (RJ), base própria da estatal para atendimento aos projetos especializados de ancoragem das plataformas

“Cada dia de atraso no cais é um dia de óleo a menos no offshore”. Esse é o lema da Global Ship, empresa brasileira especializada em operações marítimas e portuárias, além de serviços de engenharia. Recentemente, a companhia fechou um contrato de R$ 340 milhões para realizar serviços de carga e descarga de navios para a Petrobras no Porto de Macaé (RJ).

O contrato, iniciado no dia 20 de maio deste ano, se junta aos contratos em outros cinco portos onde a Global Ship já opera para a Petrobras: Porto de Belém (PA), Porto do Mucuripe (CE), Porto de Sergipe (SE, no Terminal Marítimo Inácio Barbosa – TMIB), Porto de Aratu (BA) e Porto do Rio de Janeiro (RJ, no Terminal Logístico de Inhaúma – TLI). A Global Ship opera, também para a estatal, na plataforma de Manati, localizada na Bacia de Camamu (BA).

Em Macaé, a Global Ship é responsável por transportar as cargas que estão nos navios para o armazenamento no porto, e vice-versa. Essas cargas, no entanto, não são comuns, como containers, e sim chamadas de “cargas especiais”, por conta de sua complexidade de transporte. Essa categoria contempla equipamentos como árvores de natal, tubulações, correntes e âncoras torpedo (usadas no posicionamento de FPSOs), cujos pesos variam entre 1 t e 120 t – sendo este último relativo às âncoras torpedo.

“Normalmente, as âncoras torpedo chegam no porto em seções, sendo montadas internamente. Assim que elas são montadas, nós transportamo-las em carreta centopeia, que possui uma linha de eixo enorme, até o cais onde a máquina portuária de 550 t retira a âncora torpedo e a coloca no convés das embarcações lançadoras de âncoras. É uma operação muito delicada, que requer muito comprometimento da nossa equipe. Cada FPSO utiliza cerca de quatro ou cinco âncoras torpedo”, explicou Hans Schleier, Diretor Geral da Global Ship.

Todas essas atividades são realizadas, atualmente, com maquinário novos, justamente para evitar eventuais problemas de manutenção que possam atrasar os projetos. No Porto de Macaé, a Global Ship possui duas máquinas portuárias de alta capacidade, sendo uma Terex e uma LHM, ambas com peso entre 550/500 t; além de sete máquinas de carga; sete empilhadeiras e oito carretas. Todos os materiais que chegam ao porto são escaneados, para que nenhuma carga seja perdida e para facilitar a rastreabilidade dessas peças.

“O nosso corpo técnico já possui uma grande experiência e conhecimento em movimentação de cargas, principalmente as cargas especiais, por conta desses outros contratos que temos, como nos portos de Sergipe e Mucuripe. No Porto de Macaé, temos uma equipe de 306 pessoas trabalhando ao todo, em três turnos de trabalho – ou seja, no dia a dia, temos em média 70 colaboradores trabalhando 24 horas por dia. E esses colaboradores respondem a quatro gerentes: de Contratos, de Segurança (SMS), de Operações e de Manutenção, além de um diretor nosso designado, que dá todo o suporte necessário para esse trabalho em uma região que é tão importante para o país e para a Petrobras”, informou Schleier.

O Porto Engenheiro Zephyrino Lavanère Machado Filho, também conhecido como Base de Apoio Offshore de Macaé (BMAC), é o único porto próprio da Petrobras para atendimento à logística de suporte à rotina e aos projetos especializados de ancoragem das plataformas de toda a companhia. A infraestrutura, localizada em uma área de 500 mil m², é composta por três píeres com possibilidade para atracar, simultaneamente, seis embarcações de apoio marítimo como PSVs (Platform Supply Vessel) e AHTSs (Anchor Handling Tug Supply).

O porto, situado a 182 km da capital no litoral norte do estado do Rio de Janeiro, atende as Bacias de Campos e Santos, que juntas respondem por 97% da produção de petróleo do Brasil (sendo a Bacia de Santos responsável por 75% da produção, enquanto Campos possui uma fatia de 22%), segundo dados do Boletim da Produção de Petróleo e Gás Natural da ANP do mês de abril de 2024.

“O FPSO Maria Quitéria, por exemplo, está vindo em direção a sua locação, e estamos nos preparando para fazer todos esses embarques de equipamentos e âncoras torpedo para que não haja atraso no seu posicionamento”, finaliza o Diretor Geral da Global Ship. A Petrobras, inclusive, adiantou o início de operação da plataforma – que vai operar no campo de Jubarte, no pré-sal da Bacia de Campos – do primeiro trimestre de 2025 para o último trimestre deste ano.

Margem equatorial e outros contratos

Em paralelo, a Global Ship está na fase de pré-mobilização de um outro contato, também assinado com a Petrobras, para a realização de operações portuárias nos Portos de Belém (PA), Mucuripe (CE), Paracuru (CE) e Itaqui (MA), visando apoiar o desenvolvimento da Margem Equatorial Brasileira assim que o Ibama emitir as licenças necessárias. O contrato, previsto para ser iniciado em outubro, também contempla uma operação no Rio Grande do Norte.

Além de todos esses contratos com a Petrobras, a Global Ship possui operações no Porto de Santos (SP) e um contrato com a Origem Energia no Rio de Janeiro (RJ), para armazenamento de amostras de rochas, fluidos e de terras na Global Storage, instalação localizada no bairro da Penha.

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