Instituído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o dia 17 de maio foi estipulado o Dia Internacional da Reciclagem. A data tem o objetivo de incentivar a reflexão sobre a importância de fazer o descarte correto de objetos que são consumidos. O Brasil ganha destaque por ser uma das nações que mais produz e que menos recicla resíduos sólidos. De acordo com um estudo da World Wildlife Fund (WWF), o Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo: das 11,3 toneladas que produz anualmente, somente 1,28% são destinados à reciclagem.
Outros dados divulgados pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o Brasil perde R$ 14 bilhões por ano com a falta de reciclagem adequada do lixo. São cerca de 12 milhões de toneladas de resíduos sólidos que, ao invés de gerar emprego e renda, acabam sendo descartados no meio ambiente. E essa falta de reciclagem correta ocasiona em outra questão de difícil solução: quando dispostos em aterros sanitários, estes resíduos sólidos emitem gases de efeito estufa (GEE), principalmente o metano. Importante ressaltar que alguns materiais levam anos ou décadas para se decompor, como os descartáveis.
A Global Ship, trabalha todos os dias com a responsabilidade ambiental. No contrato de Santos, na Autoridade Portuária de Santos – APS, é executado a zeladoria do Maior Porto da América Latina, onde diariamente movimenta o mundo. De modo inédito na história da APS, a Global Ship, destina de forma adequada os resíduos sólidos gerados, sendo eles o que antes eram destinados para aterro, hoje se caracteriza como, compostagens, RCC, reciclagem, sendo totalmente reaproveitados.
Ao observamos todo aquele valor reciclável indo para aterro sanitário. Não faltou otimismo para mudar a realidade e em poucos meses mudamos toda operação. Você deixar de enterrar o resíduo e dar a ele valor de reciclagem, além de contribuir com o Meio Ambiente, colamos em prova que é possível o reaproveitamento até para geração de energia.
Os resíduos florestais (poda, grama, areia da varrição, madeira), esses materiais viram compostos orgânicos, adubos e voltam ao processo para manutenção dos jardins. Para que este 17 de maio seja um dia de conscientização e aprendizados, separamos algumas dicas para realizar um descarte adequado. É importante verificar se o material pode ser reciclado ou se deve ser aproveitado como lixo orgânico. Resíduos orgânicos, como restos de alimentos, folhas e sementes, por exemplo, podem ser compostados como realizamos.
Já os resíduos sólidos — como plásticos, vidros, metais, lixo eletrônico e papéis, ou seja, tudo que não é de origem biológica — devem ser levados à reciclagem. Também é fundamental higienizar os materiais recicláveis que contêm resíduos orgânicos, retirando o excesso com um guardanapo, uma colher ou com um pouco de água. Isso facilita o trabalho das cooperativas e evita que insetos apareçam nos pontos de coleta.
Reciclar significa transformar objetos materiais usados em novos produtos para o consumo. É importante estar informado sobre os serviços de coleta seletiva do seu condomínio, bairro ou município. E, por fim, lembrar das cores correspondentes às principais caixas coletoras de material reciclável para realizar o correto depósito do resíduo: amarela para metal, verde para vidro, vermelha para plástico e azul para papel.
Cada vez mais as pessoas ficam estimuladas a contribuir para a preservação ambiental, mas muitas vezes não sabem exatamente o que fazer. Um dos primeiros passos é uma coisa simples: a reciclagem. Temos que pensar no futuro, não nosso, mais de nossos filhos e netos. Se continuarmos demandando tantos recursos, eles em pouco tempo ficarão escassos, e nossos filhos não saberão como é viver num mundo sem devastação ambiental. Não irão conhecer várias espécies da nossa fauna e flora, pois eles estarão extintos. A questão principal é mobilizar o maior número de pessoas para um consumo consciente e a reciclagem.
“A imagem da Terra vista pelos astronautas teve a virtude de nos incutir a consciência de que, longe de habitar um espaço infinito, habitamos uma espécie de nave espacial isolada, dentro de uma cápsula de recursos constantes, que consumimos, e que somente não esgotamos porque reciclamos. Este conceito da necessidade de reciclagem – de nada perder, de nada destruir, de tudo usar de novo – desta cápsula de recursos constantes acordou-nos para a ameaça da poluição, que interrompe o processo de reciclagem pela inutilização do recurso ou pelo envenenamento. A educação – a disseminação dos conceitos de consumo responsável, reutilização dos produtos e destinação adequada dos resíduos, entre eles, os plásticos – é o canal mais eficaz para que toda a sociedade compreenda seu papel em prol da sustentabilidade. É por meio da educação e do empenho de todos – poder público, indústria (de produtos e serviços) e população – que vamos conseguir aproveitar melhor os recursos, gerar economia e garantir a preservação ambiental.” (Silva, 1975:1)
